Por Lucas Felipe Jerônimo
Depoimentos da plateia motivaram discussões
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| O debate partiu da mesa de especialistas |
Segundo padre Amauri, no que diz respeito à
homossexualidade e religiosidade ainda há um caminho a percorrer. “Eu acho que
as comunidades católicas de um modo geral têm que cada vez mais abrir para esse
diálogo, é uma realidade que nós temos que enfrentar. É um tema importante que
diz respeito ao sentido de vida de todos nós, então a Igreja tem esse papel
fundamental de ajudar nesse processo de debate”. Para Marina, a psicologia tem
uma função diferente hoje com relação ao tema: “Tem a questão de a pessoa poder
se sentir bem dentro da sua sexualidade, poder dar a possibilidade dela lidar
com isso perante a sociedade. Depende muito do sofrimento que chega ao
consultório, diante da problemática que possa vir a ter acerca da sexualidade é
que a psicologia vai apoiar e situar a pessoa”, diz.
A
participação da plateia motivou o restante do debate, nesse sentido, diversas
perguntas e depoimentos nortearam os comentários seguintes, foram temas
discutidos: a abertura da Igreja Católica para o diálogo com os homossexuais; a
influência religiosa na política e legislação; a escolha da nomenclatura
utilizada para se referir à orientação sexual; a influência do abuso a crianças
na vida adulta e a falta de comunicação entre a família.
O
evento foi divulgado na universidade e aberto à comunidade externa. Com
auditório lotado e espectadores atentos foi possível perceber a emoção tomar
conta de alguns presentes. “Achei interessante, principalmente a fala do padre,
tinha outra visão da Igreja, não sabia que um padre poderia falar tão
abertamente”, comenta Fernando Bernadelli, professor de português. Para a assistente
contábil Fernanda Gomes o evento foi uma oportunidade de aprender: “Eu acho que
é sempre válido a gente debater para acabar com esses preconceitos, tem que
começar desde pequeno, em casa, a gente tem que falar para os filhos
abertamente, mostrar que existe e que é normal”.
Segundo Kelson, as opiniões
divergentes colaboram para um debate mais produtivo. “Eu acho que é importante
debater esse tipo de tema, como a homossexualidade e a religiosidade, porque é
através desses debates que a gente tenta mudar um pouco o mundo. Se a gente
conseguiu que um pequeno grupo de pessoas saísse daqui com outra concepção
talvez o mundo seja melhor amanhã”, afirma. Confira um depoimento do jornalista Kelson Venâncio sobre as experiências do Cine PET.





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