Por Dayane Nogueira e Talita Martins
O número de jovens universitárias que já passaram pela experiência da maternidade é cada vez maior. Uma pesquisa do Inep de 2004 afirma que mais de 56% dos universitários são do sexo feminino. Além disso, dados do IBGE apontam que, em 2010, mais de 45% das mães tinham idade entre 20 e 24 anos e mais de 21% das jovens com essa faixa etária cursavam o ensino superior. O Senso (In) Comum conversou com algumas estudantes da UFU que se enquadram neste perfil.
Um aspecto comum entre as entrevistadas foi a dupla jornada. O dia-a-dia é bem corrido, segundo a estudante de Jornalismo Raíssa Caixeta. Ela é mãe de dois filhos, João Pedro, de 7 anos e Gabriel, 3 e conta que já teve que faltar à aula para cuidar das crianças: “Uma vez, eu ia apresentar um trabalho e meu filho caiu, bateu a cabeça no portão e saiu sangue. Eu tive que sair correndo. Doenças, principalmente, é o que já aconteceu de mais inusitado”.
A tarefa de conciliar a vida universitária com as funções maternas também está presente no cotidiano de Carla Honorato. A estudante faz Geografia na UFG, mas está se transferindo para o curso de Pedagogia da UFU e já procura se acostumar com a nova rotina. “Meu curso é noturno e eu vou começar a trabalhar. Então, eu tento dedicar a maior parte do tempo que eu posso ao meu neném”, afirma Carla, que é mãe de Artur, de 1 ano e 7 meses.
Além desses obstáculos, uma mãe que engravida durante o curso enfrenta burocracias nos trâmites. É o caso de Rebeca Linhares, aluna do curso de Teatro da UFU e mãe de Clarice, de 9 meses. “Depois que ela nasceu e até mesmo alguns meses antes, eu comecei a sentir a dificuldade que é [ser mãe], porque a gente tem alguns direitos garantidos pela lei, mas a burocracia é muito grande”, comenta.
Mas nem tudo são dificuldades para as mães universitárias. Para Raíssa, a maturidade que ela ganhou com a maternidade a ajuda muito no curso: “Eu vejo a faculdade hoje com outros olhos. Isso aqui para mim não é só um curso superior, é também um caminho para ter uma formação não só acadêmica, mas de vida para passar para eles”. Carla acredita que, com o tempo, só tem a ganhar: “A princípio, [a maior vantagem em ser mãe universitária] é dar o melhor exemplo, porque à medida que ele vai crescendo, você encontra outras vantagens”, afirma.
Marilei Cruvinel é aluna no curso de História e tem uma experiência como mãe universitária diferente. Sua filha, Laura Laís, é também é estudante na UFU. “Minha filha estava nervosa com o vestibular e falou: “Mamãe, faz vestibular comigo!”. Eu estudei, consegui passar e somos universitárias, filha e mãe. É uma experiência única, poucas pessoas têm essa experiência”. As duas trocam conhecimentos, compartilham textos e discutem assuntos em comum nos cursos. Para Marilei, não há nenhuma desvantagem nessa relação. “A vantagem para mim é que eu estou me atualizando através dela, porque, provavelmente, se ela não tivesse esse medinho de fazer vestibular, eu não estaria hoje aqui com ela”, conclui.
Marilei Cruvinel é aluna no curso de História e tem uma experiência como mãe universitária diferente. Sua filha, Laura Laís, é também é estudante na UFU. “Minha filha estava nervosa com o vestibular e falou: “Mamãe, faz vestibular comigo!”. Eu estudei, consegui passar e somos universitárias, filha e mãe. É uma experiência única, poucas pessoas têm essa experiência”. As duas trocam conhecimentos, compartilham textos e discutem assuntos em comum nos cursos. Para Marilei, não há nenhuma desvantagem nessa relação. “A vantagem para mim é que eu estou me atualizando através dela, porque, provavelmente, se ela não tivesse esse medinho de fazer vestibular, eu não estaria hoje aqui com ela”, conclui.




0 comentários:
Deixe um comentário para esta postagem