A disciplina, presente em diversos cursos, desperta a atenção das pessoas
Ana Beatriz Tuma
Lucas Felipe Jerônimo
Quando se fala em Anatomia, lembramos das primeiras experiências na escola sobre o corpo humano. As ilustrações nos livros de ciências nos revelam um novo universo, começamos a descobrir, então, como somos por dentro. Na universidade, é um pouco diferente, Medicina, Enfermagem entre outros cursos de ligados à área da Saúde possuem em sua grade curricular a disciplina de “Anatomia”.
Para quem não faz parte da área, surgem dúvidas sobre o que é tratado e quais conteúdos são abordados. Para a maioria, lidar com o corpo humano em seu estado posterior ao óbito não parece ser algo muito normal. Surgem então as especulações sobre como se desenvolve uma aula assim.
A didática segue uma dinâmica que procura facilitar o contato do aluno com as estruturas do corpo humano. De acordo com o médico e professor de Anatomia do curso de Enfermagem, José Wilson dos Santos (foto), para o aluno ingressante estar em um laboratório de anatomia é muito difícil. “Tentamos apresentar (as estruturas) aos poucos, o aluno entra em contato primeiro com os ossos, depois com articulações, em seguida músculos isolados, só depois de mais ou menos um mês e meio no laboratório é que ele entra em contato com a face e com o cadáver”, afirma.
Um dos monitores da disciplina, Carlos Obregon, observa que certos estudantes entusiasmados e já acostumados com a dinâmica do laboratório, acabam não tendo respeito com os cadáveres. No entanto afirma: “preconiza-se, na Anatomia, que cadáver não é só objeto de estudo. Ele teve uma vida, deixou um rastro e tem que ser respeitado”. Estudantes do primeiro período de Enfermagem da UFU relatam como foi a primeira vez em um laboratório de Anatomia e como é, meses depois de convívio, estar em um desses. Confira os vídeos:




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