Por Felipe Saldanha
O projeto é organizado pela professora Helena Maura Slingardi, do Instituto de Biologia (INBIO), como parte da disciplina Estágio 2 (veja infográfico), da qual é responsável. Segundo a docente, a iniciativa surgiu a partir da vontade dos graduandos em dar aulas dentro do espaço físico da Universidade. A solução encontrada foi convidar os jovens do 2º ano da Escola Estadual Segismundo Pereira para conhecer um laboratório do campus. A oportunidade foi concorrida: mesmo com 140 vagas disponibilizadas, a escola teve que fazer uma seleção entre seus alunos.
Nas visitas, realizadas em quatro tardes do mês de maio, os discentes da Biologia se dividiram em bancadas que relacionavam o organismo do homem com o de outros animais – daí o nome “anatomia comparada”. Foram apresentados os sistemas ósseo, articular, muscular, digestório, respiratório, circulatório, sensorial, neural e urogenital, além de um corpo humano. Para evitar fotos e filmagens ofensivas, o registro de imagens foi proibido em praticamente todo o espaço.
Os colegiais se revezaram para conhecer cada bancada em pequenos grupos e viam de perto tanto órgãos conservados em formol – humanos e animais –, que adquirem uma coloração bege característica, quanto frescos – apenas animais –, cedidos por frigoríficos, ainda na sua cor original. Helena Maura agradeceu a colaboração da Faculdade de Medicina Veterinária (FAMEV) e do Instituto de Ciências Biomédicas (ICBIM) na realização da atividade.
Esqueleto
A professora conta episódios curiosos que acontecem durante o processo de preparação de atividades como essa. O modelo de esqueleto mostrado nas aulas, por exemplo, tem o tamanho real de um adulto. Para transportá-lo, Helena carrega-o no colo e até o posiciona no banco de trás do carro, inclusive com o cinto de segurança. Isso faz os transeuntes, ao se aproximarem do automóvel, às vezes levarem um susto quando percebem o “passageiro” peculiar.





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