O blog do "Senso (In) Comum" atendeu às sugestões de leitores e inaugura hoje uma nova seção: "Perfil". Com periodicidade mensal, a "Perfil" surge com o intuito de divulgar o que vem movimentando a cidade. Na forma de entrevistas dinâmicas você vai poder ver gente interessante falando sobre tudo: de comportamento a arte, de saúde a tecnologia, passando por esporte, moda e cultura.
Entre flashes
Por Eric Dayson
Henrique Duarte é um jovem estudante de jornalismo que produz e fotografa eventos em Uberlândia. Em uma entrevista bastante descontraída, Hick, como é conhecido em festas e redes sociais, fala sobre sua vida agitada. Ele conta um pouco mais sobre suas preferências e seus trabalhos, principalmente, sobre a experiência de ser o fotógrafo oficial do Fiesta Intruders. Senso (In) Comum: Como é sua rotina?
Hick Duarte: Eu trabalho das 08h às 14h na Assossiação Emcantar, do grupo Algar; é um estágio que me motiva bastante, porque é comunicação e cultura, duas áreas que eu gosto muito de atuar. Depois eu sempre tenho alguma coisa pra fazer, atualizar um blog, algum serviço pontual, ‘freela’ de fotografia de moda, ou alguma reunião. E a noite eu vou pra faculdade.
S (In) C: O que você faz no seu tempo livre?
Cara, eu cheguei num ponto que meu tempo livre virou trabalho. Porque se eu ficar em casa, eu vou arrumar alguma coisa pra fazer. Por exemplo, eu gosto de me informar sobre música, e quando eu vejo alguma novidade, eu quero compartilhar e postar em algum blog, aí já virou serviço.
S (In) C: Qual a sua idéia de família? E de amigos?
HD: Família é algo muito forte pra mim. Eu me sinto muito confortável na minha casa e não tenho pretensão nenhuma de morar sozinho. Agora, amigos, eu tenho poucos, amigos verdadeiros, com quem eu posso contar sempre e também em quem eu posso descarregar meu mau humor (risos). Quando estou com eles é um momento de não pensar em nada de trabalho ou problemas e ver a parte boa da vida. Se estiver com eles, estou muito bem.
S (In) C: Que estilo musical você gosta de ouvir? Qual música melhor te define?
HD: Eu gosto muito de rock e música eletrônica. Dentro de rock, o rock independente, ou Indie rock, como as pessoas costumam dizer. Já de música eletrônica tem muita coisa, mas pra ser específico, eu gosto muito de disco music. Tem uma música chamada Fantasy, do Breakbot, ela é bem bonita e fala sobre objetivos de vida.
S (In) C: Você assiste seriados? E programa de TV?
HD: Cara, não assisto. Primeiro por uma questão técnica, meu HD é cheio de músicas e fotos e outra porque acaba não sobrando tempo. Agora, programa de TV, eu me simpatizo com Profissão Repórter, e curto muito CQC, Goo MTV, que é sobre músicas novas, e também assisto documentários.
S (In) C: Quem é seu ídolo?
Esse é um dilema, porque eu não sei ainda o que eu quero ser. Às vezes eu quero seguir a carreira de fotógrafo, às vezes eu quero só escrever e seguir na área do jornalismo. Então, eu tenho ídolos em diferentes áreas. Eu não consigo achar uma pessoa só como referência de tudo que eu quero fazer. (risos)
S (In) C: Você já viveu alguma situação que gostaria de repetir? Qual foi?
HD: Recentemente, eu fui ao Prêmio Multishow no Rio de Janeiro, eu fui como representante do movethajunkbox, e foi um contexto muito legal. Viajar, estar trabalhando e me divertindo, tudo ao mesmo tempo, é a parte mais divertida. Não que eu gostaria de repetir, mas foi um contexto que me favoreceu bastante.
S (In) C: 2.246 followers no twitter e 1.965 amigos no facebook. O isso significa pra você?
HD: Reconhecimento e aprovação é o que eu acho. Porque eu não posto coisas da minha vida pessoal, eu fico postando mais sobre meus trabalhos, alguma coisa que me inspira; evento, tipo música, vídeo, e se as pessoas estão acompanhando isso, quer dizer que elas aprovam o que eu faço. E espero que isso seja crescente.
2ª parte
- Profissional:
S (In) C: Qual a sua formação?
HD: Eu estou cursando jornalismo, me formo em 2012. No meu TCC eu quero falar sobre jornalismo musical. Eu não fiz nenhum curso de fotografia, eu fiz uma disciplina de fotojornalismo na faculdade, durante 6 meses, que me orientou. Mas eu não fiz nenhum curso técnico ainda, mas pretendo fazer.
S (In) C: O que você acha da profissão de jornalismo? Você pensa em trabalhar em outra área de comunicação?
HD: Eu tenho esse anseio de viver um momento de redação. Eu acho que o ritmo seria bacana, a própria correria, a reunião de pauta, deve ser muito interessante. Eu já acompanhei dois dias de um fotógrafo do Correio de Uberlândia, e foi um trabalho que eu gostei muito de fazer.
S (In) C: De onde surgiu a idéia de criar o Fiesta Intruders? Quem são os fundadores?
HD: Surgiu de uma vontade de juntar tudo que eu queria fazer: festa, música e foto em um projeto só. A gente fala de música nos blogs, a gente fotografa e produz os eventos. Eu e o Yan Hayashi somos os fundadores e conseguimos juntar esses três elementos em um único portal, que é o Fiesta hoje. E tem dado muito certo.
S (In) C: Quantos integrantes fazem parte, atualmente? Desde quando o grupo existe?
HD: Como portal, que você encontra no site, tem 11 pessoas fazendo parte. São pessoas que estão ligadas o tempo todo em moda, cultura e comportamento. O Fiesta teve início em outubro de 2009. A gente começou com uma festa na extinta E-Music, onde é o Sibipiruna hoje.
HD: Sim. Além do Fiesta, eu colaboro com o blog da MTV, movethajunkbox, colaboro mensalmente com a Revista Cult, aqui da cidade, e sou colaborador do portal eModa, com fotografias, além do ‘Emcantar’. E tenho vontade de ter cada vez mais projetos.
S (In) C: Quais são as principais festas?
HD: São quatro festas hoje mais consolidadas. Tem uma festa de música pop e open bar, que é a Tchatcha Party, acho que é uma das mais famosas; tem a WHAAAAT, com atrações de fora e música eletrônica, a Farrinha, que é uma festa de música tropical e tem também a Batalha de Ipod, onde o público são os DJs.
S (In) C: O Fiesta tem outras parcerias?
HD: A gente tem parceria com vários sites e projetos. O páginacultural.com, com um coletivo de músicos, DJs e produtores, chamado avalanchetropical.com, o Goma, que é daqui da cidade, o Revista Cultural. O movethatjunkbox também é parceiro e o eModa que é um site da OI.
S (In) C: Como é registrar cada evento? O que mais te agrada, e o que você mudaria?
HD: Em festas é uma abordagem diferente, porque eu tenho que me divertir, eu não posso achar a festa ruim, porque senão as fotos não vão ficar legais. É um misto de diversão e trabalho. O que mais me agrada é a alegria das pessoas, dançando e curtindo sem pensar em acabar. O que o pessoal reclama, no caso da Tchatcha, é o fato das filas serem muito grandes, e fica muito lotado, daí tentar mudar isso de alguma forma. Não é um defeito da festa, é uma consequência do crescimento.
S (In) C: Geralmente, você tira fotos não posadas. Qual o significado delas pra você? O que mais te chama atenção?
HD: É um diferencial do meu trabalho, é minha identidade. Quem olha as fotos tem a chance de interpretar a imagem de várias maneiras, de imaginar o porquê dos gestos e risadas das pessoas. O sorriso me chama muito atenção, porque quando as pessoas estão sorrindo é uma coisa muito sincera. Eu acho que sou um caçador de sorrisos.
S (In) C: Quais as suas expectativas para o futuro do Fiesta?
HD: Vou resumir em duas palavras: viajar e aprender. Eu gosto muito de Uberlândia, mas eu gosto muito de viajar também. Então, se o futuro do Fiesta for explorar outros cenários de festas e eventos culturais fora da cidade vai ser melhor ainda. Conhecer novos ambientes, novas tradições é muito legal. Eu espero que o futuro do Fiesta seja esse.




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