Travessias elevadas são implantadas na UFU

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Redutores de velocidade visam facilitar o trânsito de veículos e pedestres na universidade.

Por Ana Flávia Bernardes dos Santos

     A Prefeitura Universitária vem instalando desde agosto de 2011 travessias elevadas nas vias da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) após a ocorrência de dois atropelamentos no interior da instituição no começo do ano. O projeto, realizado pela arquiteta Elaine Saraiva da Diretoria de Infraestrutura, teve como primeira etapa a construção dos redutores de velocidade no campus Santa Mônica e se estenderá para o campus Umuarama. O custo total estimado é de aproximadamente R$150 mil, com verba do governo federal.
     O intuito das obras foi proporcionar mais acessibilidade, mobilidade e segurança aos pedestres, solucionar o problema da alta velocidade dos automóveis e atender estudantes e professores com necessidades especiais. “A ideia agora é privilegiar o pedestre. A gente tem mais de quinze mil alunos, dois mil docentes, mil e tantos funcionários – tudo dentro deste campus”, afirma Elaine.
     No início do segundo semestre do ano passado, com a volta das atividades na instituição, muitos motoristas questionaram a instalação das travessias. O estudante Daniel Silva Terra do curso de Gestão da Informação, que se desloca nas vias da UFU de carro, afirma que “as travessias ficaram muito altas e, muitas vezes, as pessoas vêem os carros raspando no chão; sem contar que é bem desconfortável”. Em contraposição, a aluna do curso de Relações Internacionais Ana Lídia Carvalho, que não utiliza nenhum veículo para se locomover, diz acreditar que “só assim os motoristas começaram a respeitar os pedestres, pois eles são obrigados a reduzir a velocidade e parar para a gente passar”. 
      Devido às reclamações dirigidas a Prefeitura Universitária, a diretoria de obras realizou uma nova análise do serviço, aumentando a largura da travessia, que inicialmente era de dois metros, e estendendo-a. A Prefeitura Municipal de Uberlândia e outros profissionais na área de arquitetura acompanharam o processo de construção dos redutores de velocidade na UFU e, de acordo com análises realizadas, a saia das travessias está em torno de 12% a 15%, sendo que a norma permite até 18%. 
     Segundo a norma brasileira ABNT NBR 9050:2004, as faixas elevadas construídas no campus Santa Mônica estão arquitetadas corretamente: a pista de rolamento é elevada em superfície plana, formando uma rampa de transição na mesma altura da calçada lateral, e sinalizada com a faixa de pedestre logo em frente. Elaine acrescenta que “a lombada tem uma outra característica, tem uma outra inclinação, um outro tamanho e outra largura”. 
      O projeto está previsto para ser finalizado em 2012. “Essa é só uma primeira ação que nós estamos fazendo. Nós temos um projeto muito maior que é para refazer todas as calçadas, aumentá-las, colocar piso acessível, não só para as pessoas com deficiência, mas para todos os tipos de pedestres”, concluiu a arquiteta da diretoria de obras da UFU.

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